Nos usar até gastar, até perder o tino
o fio da meada, perder o corte
o centro, o alinhamento.
Gastar todos os dentes das engrenagens
e fazer nossa mecânica sair de funionamento
numa fricção estonteante, extenuante.
Deixar marcas, arrancar fagulhas
que enguice, perca a força
até que se precise de peças de reposição.
vamos no gastar, nos gostar.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Desambicione-se
Por que tão complicado?
Pra que tanta ambição?
Não se contenta com menos? Com o necessário?
Qual é o problema com a simplicidade?
Insiste no complexo, no difícil
Naquele ímpeto de sempre querer mais
Acalme-se, “desambicione-se”
Tenha paciência,
Fica mais fácil, quando é mais simples.
Pra que tanta ambição?
Não se contenta com menos? Com o necessário?
Qual é o problema com a simplicidade?
Insiste no complexo, no difícil
Naquele ímpeto de sempre querer mais
Acalme-se, “desambicione-se”
Tenha paciência,
Fica mais fácil, quando é mais simples.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
toca o telefone.
Fazer um poema triste
é uma maneira de chorar
sem que haja lágrimas no papel
só tinta.
é uma maneira de chorar
sem que haja lágrimas no papel
só tinta.
Ledo engano
Eu queria ver a tua cara
quando vem aqui e lê
E tem a certeza com seus botões
que tudo que eu escrevo é pra você.
quando vem aqui e lê
E tem a certeza com seus botões
que tudo que eu escrevo é pra você.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Foi-se
Tudo se acaba. Tudo passa. Tudo vai num vento, aquele que você nunca espera que chegue. Tudo se esfarela, vira pó, escapa da memória e nunca mais volta entre rodas de conversas .É inevitável, e quando eu digo tudo, é tudo mesmo independente o assunto.
Um dia ninguém lembrará mais. Como era o nome daquele menino que morava na casa amarela da minha rua? Muita coisa acontece no dia a dia e a rotina é traiçoeira, nos faz trocar pessoas por pessoas, abraços por abraços, nos confunde e diz que assim somos felizes. Como era o nome daquela gata que eu saia em 87? Aquela loira? Não, a morena, que só usava batom vermelho! Scheila! Ah, esquece. Scheila também virou pó pra mim.
Ahh rotina, inimiga mortal das lembranças gostosas e risonhas.
Um dia ninguém lembrará mais. Como era o nome daquele menino que morava na casa amarela da minha rua? Muita coisa acontece no dia a dia e a rotina é traiçoeira, nos faz trocar pessoas por pessoas, abraços por abraços, nos confunde e diz que assim somos felizes. Como era o nome daquela gata que eu saia em 87? Aquela loira? Não, a morena, que só usava batom vermelho! Scheila! Ah, esquece. Scheila também virou pó pra mim.
Ahh rotina, inimiga mortal das lembranças gostosas e risonhas.
Ano Bissexto
Eu queria que todos
os anos
fossem anos bissextos
Só pra ter um dia
a mais no ano
Pra ficar contigo.
os anos
fossem anos bissextos
Só pra ter um dia
a mais no ano
Pra ficar contigo.
Mudou?
Olho a mesma pessoa todos os dias e gostaria de ver uma coisa nova, uma mancha no rosto, que fosse, e não a mesma cara esquálida de sempre. Os mesmo olhos tristes, a mesma mão sem coordenação.
Queria ajudá-la a mudar de cara, de roupa, de atitude, Não tenho dó, pois este sentimento é o que ela menos precisa me sinto impotente.
Aquelas sobrancelhas caídas, o sentido de não fazer nada certo, a morte se "aprochegando" aos poucos, o tempo carcomido que gruda nos ossos e não nos deixa esquecer que ele manda em tudo e em todos.
O tempo, a mudança. Juntos, tão ligados e tão distantes
Muda-se com o tempo e quando há tempo de se mudar.
Queria ajudá-la a mudar de cara, de roupa, de atitude, Não tenho dó, pois este sentimento é o que ela menos precisa me sinto impotente.
Aquelas sobrancelhas caídas, o sentido de não fazer nada certo, a morte se "aprochegando" aos poucos, o tempo carcomido que gruda nos ossos e não nos deixa esquecer que ele manda em tudo e em todos.
O tempo, a mudança. Juntos, tão ligados e tão distantes
Muda-se com o tempo e quando há tempo de se mudar.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Insônia
Rolo na cama
De um lado pro outro
Viro, deito
Coloco a cabeça
No travesseiro
Já chega, desisto
Ela ainda me chama
Me entrego, confesso:
A insônia me ama.
De um lado pro outro
Viro, deito
Coloco a cabeça
No travesseiro
Já chega, desisto
Ela ainda me chama
Me entrego, confesso:
A insônia me ama.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Cachaça 2
Cachaça, sentada ao meu lado
Companheira solitária, na luz fraca do botequim
Te conto minha história
Você me olha, te viro num copo
E não sinto nem teu gosto
Muito menos meu desgosto
Você é quem há de matá-lo
Partilhamos problemas, necessidades, angústias
Mas você é injusta, me deixa marcas
Não perdoa cor, credo, raça
De você só me resta lamentar
Maldita cachaça.
Ressaca.
Companheira solitária, na luz fraca do botequim
Te conto minha história
Você me olha, te viro num copo
E não sinto nem teu gosto
Muito menos meu desgosto
Você é quem há de matá-lo
Partilhamos problemas, necessidades, angústias
Mas você é injusta, me deixa marcas
Não perdoa cor, credo, raça
De você só me resta lamentar
Maldita cachaça.
Ressaca.
Assinar:
Postagens (Atom)