Eu sei que corro o risco
mas eu gosto dessa explosão inesperada
uma bomba relógio sem tempo
sem data, sem aceno que vai explodir.
Chega perto, bem perto
deixe-me ouvir seu tic tac
seu coração de dinamite
sei que lá no fundo, apesar de ser a bomba
é você quem me desarma.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Frente Verso
Frente
Verso
um
verso
a
frente
uma
frente
pro
verso
um
verso
decente
um
verso
de frente
a frente
do teu
verso
na tua
frente
verso.
Verso
um
verso
a
frente
uma
frente
pro
verso
um
verso
decente
um
verso
de frente
a frente
do teu
verso
na tua
frente
verso.
Tanto faz.
Tamborilam-nos,
Chumaços.
Impermeabilizam, permeiam,
Espaços.
De espessas penas, cores;
Aos milhares,
Aos escritores,
Aos castigos.
Dos sanhaços.
Da Amanda, mostrando mais uma vez o quão melhor ela é nisso.
Colaboração da Karina que emprestou o lápis num momento de despreparo da inspiração Amandística.
Chumaços.
Impermeabilizam, permeiam,
Espaços.
De espessas penas, cores;
Aos milhares,
Aos escritores,
Aos castigos.
Dos sanhaços.
Da Amanda, mostrando mais uma vez o quão melhor ela é nisso.
Colaboração da Karina que emprestou o lápis num momento de despreparo da inspiração Amandística.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Sanhaço.
Sanhaço pousou na janela
cancela o cansaço,
vou com ele cantar.
Eu saio da rede,
viola timbira,
uma dupla caipira
nós vamos montar...
Desafio com a Amanda, a palavra era Sanhaço... logo ela posta o dela aqui.
o/
cancela o cansaço,
vou com ele cantar.
Eu saio da rede,
viola timbira,
uma dupla caipira
nós vamos montar...
Desafio com a Amanda, a palavra era Sanhaço... logo ela posta o dela aqui.
o/
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Sem título
Por favor,
Arraque esta minha cabeça que faz planos e
coloque no lugar apenas um balão
que mais do que metaforicamente
é vazio, sem direção.
Assopre na minha orelha o nome
de um lugar qualquer
e deixe-me voar ao (clichê maior do mundo)
sabor do vento.
balão no lugar da cabeça
simples: sem planos, ideais e sonhos
pra me azucrinar.
Arraque esta minha cabeça que faz planos e
coloque no lugar apenas um balão
que mais do que metaforicamente
é vazio, sem direção.
Assopre na minha orelha o nome
de um lugar qualquer
e deixe-me voar ao (clichê maior do mundo)
sabor do vento.
balão no lugar da cabeça
simples: sem planos, ideais e sonhos
pra me azucrinar.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
Finóquio
Finóquio era um velho. E era velho pois tinha nome de velho. Finóquio. Certamente na infância encarara vários engraçadinhos que o chamavam, obviamente, de Pinóquio, cara de pau, coisas da quinta série, ou do quinto colegial como diziam.
Finóquio é velho. Não “era”, pois ainda não morreu. E a carapaça que se esconde quando fica envergonhado, ganhou de uma tartaruga gigante que ficou amigo quando foi marujo.
Rubro e com óculos dourados, ele tem hábitos peculiares dos avôs, ler para os netos, dormir e reclamar.
Um velho. O velho Finóquio. Foi lobista, engenheiro, arquiteto catalão. Foi jogador, foi zagueiro, da primeira a quinta divisão. Foi piloto, marceneiro, um bombeiro de plantão. Foi ouvinte, foi leitor, foi fazedor de refrão.
Por detestar rimas dedico a ele o passado parágrafo.
Só toma leite de Minas e café da mesma procedência. Teve estudos, teve privilégios, mas também tem calos nas mãos e a cara queimada pelo sol.
Finóquio, um velho avô. Um dado do IBGE, um número na Previdência, um na fila dos aposentados.
É ranzinza, é careta, acorda com uma dor no joelho que nunca contou pra ninguém.
Olha pela janela a Ford Jardineira que passa carregada de moçoilas e suspira:
- “ Ah Finóquio, quanta saudade das traquinagens juvenis...”
Finóquio, o velho.
Continua...
Finóquio é velho. Não “era”, pois ainda não morreu. E a carapaça que se esconde quando fica envergonhado, ganhou de uma tartaruga gigante que ficou amigo quando foi marujo.
Rubro e com óculos dourados, ele tem hábitos peculiares dos avôs, ler para os netos, dormir e reclamar.
Um velho. O velho Finóquio. Foi lobista, engenheiro, arquiteto catalão. Foi jogador, foi zagueiro, da primeira a quinta divisão. Foi piloto, marceneiro, um bombeiro de plantão. Foi ouvinte, foi leitor, foi fazedor de refrão.
Por detestar rimas dedico a ele o passado parágrafo.
Só toma leite de Minas e café da mesma procedência. Teve estudos, teve privilégios, mas também tem calos nas mãos e a cara queimada pelo sol.
Finóquio, um velho avô. Um dado do IBGE, um número na Previdência, um na fila dos aposentados.
É ranzinza, é careta, acorda com uma dor no joelho que nunca contou pra ninguém.
Olha pela janela a Ford Jardineira que passa carregada de moçoilas e suspira:
- “ Ah Finóquio, quanta saudade das traquinagens juvenis...”
Finóquio, o velho.
Continua...
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