quinta-feira, 8 de abril de 2010

Janela.

E enquanto eu durmo
você fala.
Do dia, da vida
da minha falta.

No seu dia, na sua vida
na sua fala.

Viajo.
Não escuto sua uma palavra.
Imagino nua a vizinha do lado.

Não sigo tua agenda
não vou aos teus compromissos
teu relógio não é meu
eu sigo os meus instintos.

Você fala e eu saio do corpo
só corpo presente
na tua frente.
Alguns ahans pra fazer
parte do teu clã.

E imagino nua a vizinha do lado
eu pelado
fumando um cigarro.

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