E outra vez te procuro
no claro, no escuro
no viaduto, na ponte
me conte
pra onde tu foi.
No pote de açúcar, na geladeira
na rua
tu nua em cima da cama
que drama
essa maldita procura.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
Já sei de tudo
Sim, eu descobri tudo...
Fique a vontade para tirar a máscara do engano,
Ah confessa: está tudo o mundo contra mim...
Eu sei, é um complô.
Oh céus, por distração,
Perdi a reunião social na qual os destinos seriam decididos,
Pronto, decidiram por mim...
Pode rir, fique a vontade,
A minha desgraça é um gracinha, não é?
Mas, quem era o palhaço?
Porque isso eu não consegui descobrir até agora...
Todos dêem as mãos e prostrem-se
Que eu aplaudo...
A peça acabou,
A festa acabou,
O boneco de madeira criou vida...
Está diante dela, rogando: acabe, por favor.
Tudo passa
Levando consigo a minha morte
(a morte passa veloz e não me oferece carona)...
Mas, atenda o meu pedido, não é muito que lhe peço,
É nada, ou quase...
Quero apenas a simplicidade de uma morte
Ao fim de tarde
E não ter que acordar sempre ao início do dia,
Ao início da noite afoita.
Diga, diga tudo que eu já sei,
Porque eu já sei de tudo,
Estão se rindo de mim?
Ria,
Mas, não deixe que seus olhos velhos me façam envelhecer...
Todos contra mim,
Maquiáveis, Humes,
Meninas burras que conhecem inconscientemente,
Filósofos poetas e artistas plásticos,
Olhares vazios
Que aumentam ainda mais o medo de mim mesmo...
Surtei, junto com o mundo inteiro,
O ontem parou, olhou para mim, e passou...
São Pedro está com diarréia,
As vozes mudas fazem-se escutar de longe,
Mas, não diga nada.
Fique a vontade para tirar a máscara do engano,
Ah confessa: está tudo o mundo contra mim...
Eu sei, é um complô.
Oh céus, por distração,
Perdi a reunião social na qual os destinos seriam decididos,
Pronto, decidiram por mim...
Pode rir, fique a vontade,
A minha desgraça é um gracinha, não é?
Mas, quem era o palhaço?
Porque isso eu não consegui descobrir até agora...
Todos dêem as mãos e prostrem-se
Que eu aplaudo...
A peça acabou,
A festa acabou,
O boneco de madeira criou vida...
Está diante dela, rogando: acabe, por favor.
Tudo passa
Levando consigo a minha morte
(a morte passa veloz e não me oferece carona)...
Mas, atenda o meu pedido, não é muito que lhe peço,
É nada, ou quase...
Quero apenas a simplicidade de uma morte
Ao fim de tarde
E não ter que acordar sempre ao início do dia,
Ao início da noite afoita.
Diga, diga tudo que eu já sei,
Porque eu já sei de tudo,
Estão se rindo de mim?
Ria,
Mas, não deixe que seus olhos velhos me façam envelhecer...
Todos contra mim,
Maquiáveis, Humes,
Meninas burras que conhecem inconscientemente,
Filósofos poetas e artistas plásticos,
Olhares vazios
Que aumentam ainda mais o medo de mim mesmo...
Surtei, junto com o mundo inteiro,
O ontem parou, olhou para mim, e passou...
São Pedro está com diarréia,
As vozes mudas fazem-se escutar de longe,
Mas, não diga nada.
sábado, 8 de maio de 2010
Personificação
Eu adoro a tua boca.
Mal conversamos.
Você aparece, me usa como quer, e o resto do tempo, nem pensa em mim.
E eu fico aqui, te esperando, pra sempre.
Juro que serei sua, só sua, de mais ninguém.
Gosto quando esquece o box do banheiro aberto,
e fico olhando teu corpo, nu, tomando banho.
Sei que você já teve muitas outras
E também, que a qualquer hora, pode me trocar por outra
Ai, ai...
Como é dura
a vida de uma escova de dentes...
Mal conversamos.
Você aparece, me usa como quer, e o resto do tempo, nem pensa em mim.
E eu fico aqui, te esperando, pra sempre.
Juro que serei sua, só sua, de mais ninguém.
Gosto quando esquece o box do banheiro aberto,
e fico olhando teu corpo, nu, tomando banho.
Sei que você já teve muitas outras
E também, que a qualquer hora, pode me trocar por outra
Ai, ai...
Como é dura
a vida de uma escova de dentes...
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