quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Madeixa

Deve ser o cheiro do cabelo que invade a narina e me excita
E faz sentir que estou realmente aqui
Sua respiração leve me faz repousar
E me carrega em calmaria
Seus olhos fechados me traduzem o que ela pensa
Com o corpinho acolhido contra o meu
Fazemos jus a uma lei da física, troca de calor entre corpos
Braços em nó, impossível desenlaçar, proponho o desafio
O pescoço nu, o colo convidativo
Salpicado de beijos nos ombros, nos braços
Se eles servissem como prova de algum crime
Minha sentença seria prisão perpétua
Queria que a noite durasse mais 203 anos
Tempo suficiente pra que eu sentisse que aquilo
Realmente acontecia, e não era um devaneio mirabolante
O gemido do sono, o aperto afagado
Os cabelos, sempre os cabelos
Envolta num sono profundo, a boca agora não fala nada
Mas ainda escuto o eu te amo, seguido do boa noite.

Velo teu sono, reza por mim.

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