quarta-feira, 9 de março de 2011

Em ba (lha) ra do

Engraçado como eu não sei desgostar de nada em você.
Como eu observo e me petrifico diante de cada novo detalhe que descubro.
Diante de cada novo detalhe que eu descubro que gosto,
Que gosto ao ponto de não ter percebido antes,
e de agora ficar horas olhando paralisado para o novo detalhe
Que acabei de gostar.

Gosto de como você me faz embaralhar as palavras,
como se fosse num jogo e com dificuldade distribuo-as aos jogadores.
Faz me embaralhar, com ou sem palavras , embaralhados, sou um dois de paus.

Gosto dos desenhos das suas camisetas, blusas, e afins
De como lhe cai bem a simplicidade, e ao mesmo tempo o suntuoso
Gosto da presilha no cabelo, deitada na lisura de suas madeixas que
só de olhar imagina-se o tato e o cheiro.

Me perco no sorriso dado de lado, jogado num canto da boca
deixado de escanteio, acidentalmente colocado ali pra me deixar de boca aberta
Sua facilidade em me suspreeender me surpreende.
A cada piscada nova, inspiração me surge.
Seus olhos curiosos, grandes, pidões, úmidos, numa cor que ainda nem defini
são um convite formal pra minha mais eloquente necessidade

O braço, branco e com uma maciez que me excita
me faz querer apertar-te até você sair por entre meus dedos
e voltar pra mim de novo.

Fico assim, embaralhado.

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