Uma Palavra faz ponto na esquina
Próximo a botica
Dentro do meu carro papel, analiso.
Para ao lado e abaixo o vidro.
A Palavra me sorri
E sedutoramente se dirige até mim
Debruçada na porta, batom vermelho na primeira silaba
Ela me sussurra seu nome, um ditongo tentador.
Palavra meretriz que faz favores aos leigos
Se entregam a partir do lusco-fusco
Aos que as procuram
Na clandestinidade lingüística
Dos becos desconhecidos de uma cidade dicionário.
Palavras sem dono, lascivas, libertinas
Que nos fazem enriquecer
Discurso, vocabulário e lábia
E saciam desejos do conhecimento, e da vontade
De tê-las por inteiro e tê-las todas.
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