Onde estava eu quando me dei conta
Da síntese histórica e esteriótipa que sou?
Encontrara-me a ouvir música clássica
Pelo fone de ouvido,
Sentado num moderno transporte popular
Com roupas velhas e um novo visual
De tempos atrás...
A vestimenta usual em amálgama,
Em desuso... Não sei o quê
Da moda contra-cultural
(Ou, seja lá o que for).
Escuras e claras heranças baratas
Acumuladas durante os anos que vivi,
Conservadas em naftalina...
Modelos da década a qual nasci.
E agora, me vi escrevendo (trêmulo)
Em linhas retas,
Lendo um fado pós-moderno
De uma surrealidade de equilibrar opostos,
Distorcendo e movimentando cores
Numa variação de tons formadores
De uma tal canção...
Entrelaçados versos, vestindo alegorias,
Desfilam diante dos meus olhos.
E eu acompanho a minha solidão,
Criadora lúdica da realidade que me condensa,
Que me engrada,
Num hodierno desagrado de contentamento,
Espalhado ao dissabor do vento,
Desaguado na enxurrada temporal...
Tá lá, o garoto já vai voar.
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