Sou o bilhete perdido
para a viajem adiada,
esquecido entre as páginas um e dois
de um livro sem páginas...
Sou eu... E, talvez, serei sempre
o que nunca fui:
A pedra sem êxtase,
o céu negro sem mística,
o pastor agnóstico,
o bruxo bêbado de fígado metafísico...
Ou, ainda, a noite triste
em que os mortos se alegram.
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