segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Assassinato egoísta

Tristeza no sofá
Hipnoze na tevê
o dia inteiro sentado
em frente a caixa mágica
me perdi em pensamentos
uma semana sem espírito
um corpo vagando sozinho
segue qualquer caminho

Um café já não resolve
muito menos outra dose
Já me sinto um passageiro
de um trem vazio qualquer
E o vento me carrega
pra outra planície verde morta
Tudo já tem o mesmo cheiro
meus ouvidos escutam a mesma coisa

E o tédio me consome
vai roendo o meu fígado
a rotina me enlouquece
no armário tem veneno
e o sol se põe igual
e o disco roda igual
o cachorro late igual
e a minha vida tá igual,
mas no armário tem veneno.

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